da Folha Online
As equipes de resgate internacionais conseguiram retirar mais de 90 sobreviventes dos escombros de Porto Príncipe, capital do Haiti e uma das quatro cidades afetadas pelo terremoto de magnitude 7 do último 12.
O último balanço informado por Elizabeth Byrs, porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) da ONU, era de 71 pessoas resgatadas com vida.
Segundo Byrs, 43 equipes de todo o mundo trabalham nas operações de resgate, com 1.739 membros e 161 cães treinados.
"Estas notícias são sempre boas", disse Byrs, acrescentando que os resgates e os esforços de ajuda humanitária se concentram agora nas zonas dos arredores de Porto Príncipe, que até agora estavam inacessíveis às equipes.
Não há estimativas do número de pessoas que podem estar soterradas sob os escombros a que foram reduzidos muitos prédios depois do terremoto do último dia 12, que deixou milhares de mortos --incluindo 19 brasileiros.
Segundo a ONU, além de Porto Príncipe, as cidades de Gressier, Carrefour e Leogane também foram devastadas pelo tremor --nesta última, a destruição chega a 90%.
O ministro da Saúde haitiano estimou nesta sexta-feira que três quartos da capital terão que ser reconstruídos como resultado dos danos provocados pelo terremoto. "Três quartos de Porto Príncipe terão que ser reconstruídos, não apenas as áreas totalmente destruídas, mas também os lugares onde tantas casas tiveram danos estruturais", disse Alex Larsen, à agência de notícias Reuters.
A equipe da ONU que visitou Leogane, uma cidade de 134 mil habitantes, afirmou que esta é a zona mais afetada, com 80 a 90% dos edifícios danificados.
Funcionários da ONU também visitaram as cidades de Gressier, com 25 mil habitantes, e Carrefour, com 334 mil habitantes, ao oeste da capital Porto Príncipe. Eles calcularam que a destruição nestas localidades foi de 40% a 50%.
Tragédia
O terremoto aconteceu às 16h53 do último dia 12 (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país, que ficou virtualmente devastada. O Palácio Nacional e a maioria dos prédios oficiais desabaram. O mesmo aconteceu na sede da missão de paz da ONU no país, a Minustah, liderada militarmente pelo Brasil.
Ainda não há um dado preciso do total de mortos. A Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à ONU, afirma que podem ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já a Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil.
O governo do Haiti já chegou a estimar em 200 mil o número de mortos. Cerca de 70 mil corpos já foram enterrados em valas comuns desde o terremoto, disse neste domingo o secretário de Alfabetização local, Carol Joseph.
Segundo o governo brasileiro, 19 brasileiros morreram no país --17 militares e dois civis, a médica Zilda Arns e o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa. O corpo de Costa foi encontrado neste sábado (16).
O ministro da Defesa, Nelson Jobim,diz que há ainda um terceiro civil não identificado. O governo não confirma a informação.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
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