da Folha Online
A limitada infraestrutura do Haiti, ainda mais precária após o terremoto de 7 graus de magnitide da terça-feira (12), impede que ajuda chegue aos necessitados. A ONU estimou nesta sexta-feira que o tremor pode ter matado entre 50 mil e 100 mil pessoas.
Anteriormente hoje, as agências humanitárias da ONU anunciaram que irão lançar um apelo emergencial por US$ 550 milhões (cerca de R$ 971 milhões) para ajudar os sobreviventes.
De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, oficiais americanos avaliaram que o aeroporto de Porto Príncipe, que tem apenas uma pista, só pode operar 90 decolagens e pousos por dia --número que ainda não foi alcançado.
Segundo Crowley, a chegada do porta-aviões Carl Vinson, com 19 helicópteros, dará ao Haiti uma infraestrutura equivalente a um segundo aeroporto. Os Estados Unidos estão tentando construir um heliporto provisório próximo ao aeroporto de Porto Príncipe para ajudar a entregar água, comida e medicamentos.
O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou que os militares americanos estão relutantes quanto a lançar pacotes de comida e água dos aviões, porque isso poderia fomentar tumultos.
Trazer mantimentos por vias marítimas também é muito difícil por causa dos graves danos sofridos pelo porto da capital. "No momento, não se pode usar o porto para barcos grandes. Estamos buscando recursos na República Dominicana", disse Crowley.
Crowley afirmou ainda que o volume de suprimentos está fluindo através de uma "mangueira de quintal", quando o adequado seria algo largo como um rio.
Brasil
Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) C130 Hércules decolou às 16h desta sexta-feira da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), com 15 toneladas de alimentos e água, além de equipamentos eletrônicos, que serão utilizados para estabelecer uma rede de comunicação via satélite no Haiti, devastado por um terremoto de magnitude 7 nesta terça-feira (12).
Na carga, estão as 5 toneladas de mantimentos doados pelo governo do Paraguai e recolhidos pelo avião brasileiro que levou um grupo de paraguaios repatriados do Haiti até o país.
A FAB afirmou mais cedo que mais três aviões devem partir ainda nesta sexta-feira da Base Aérea do Galeão com 16 toneladas de água e alimentos e uma equipe de 40 militares da própria FAB e bombeiros para ajudar as vítimas do terremoto que deixou milhares de mortos --incluindo 17 brasileiros.
Outros dois aviões da FAB decolaram na madrugada desta sexta-feira da Base Aérea do Galeão com um hospital de campanha e equipe médica para auxiliar as vítimas.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
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