da Agência Brasil
A venda de veículos no Brasil em 2009 foi a maior da história. Balanço divulgado na tarde desta quinta (07) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostrou que 3,14 milhões de veículos foram licenciados em 2009, um desempenho 11,4% maior que em 2008. A maior quantidade de vendas foi de veículos de motor flex fuel, responsáveis por 88,2% das vendas, enquanto os veículos importados representaram 15,6% desse total de vendas.
“Houve uma recuperação, uma superação daquilo que tivemos no final de 2008, muito influenciada por medidas específicas de estímulo ao retorno do crédito, à diminuição do IPI que foi um fator fundamental porque, de certa forma, além do efeito de diminuição de preços teve também um componente emocional importante porque chamou o consumidor para a loja e também com a própria recuperação da economia brasileira”, ressaltou o presidente da Anfavea Jackson Schneider.
A produção da indústria automobilística nacional, no entanto, apresentou queda de 1% em comparação a 2008. Em 2009, segundo a Anfavea, foram produzidos 3,18 milhões de unidades. A queda, de acordo com Schneider, foi pouco representativa e “não tem efeito econômico”. Já para 2010, a previsão do setor é de crescimento de 8%, com a produção de 3,4 milhões de unidades.
Segundo Schneider, as preocupações do setor para este ano continuam concentradas na exportação e no mercado interno. A meta é a de retomar o mercado exterior de antes da crise econômica. Em 2009, as exportações do setor foram de US$ 8,3 bilhões, um decréscimo de 40,5% em comparação a 2008, quando as venda externas representaram US$ 13,9 bilhões. No mercado interno, que está em crescimento, a intenção é a de manter posição e evitar a entrada de concorrentes de fora.
Outro desafio que Schneider considera importante é a definição da matriz energética veicular, debate que ele acredita que vai ter início em 2010.
“Todos as grandes indústrias do mundo estão fazendo um investimento significativo na busca de qual será a nova matriz energética veicular. Pode ser que ela não se dê em termos de solução como uma matriz energética mundial. Ela pode se dar para produtos de forma distinta, diferente dependendo do produto, como também diferente dependendo da região. O Brasil tem uma história de sucesso com o etanol e que não pode ser jogada fora”, disse Schneider.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
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